sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Mãe ou mulher?





Essa noite fui dormir mais de 2 horas da manhã e, como imagino, não era a única mãe acordada esse horário com seu bebê no colo, chorando. Lyllith tem quase 1 ano de vida e, não se enganem, ela é o amor da minha vida. Mesmo na hora do choro, eu a amo. 
Mas esse horário é perfeito para pensar: e minha vida, cadê? Meu cabelo está um horror, comecei a fazer a unha há uma semana e minha blusa está com cheiro de leite azedo.
Eu sou vaidosa, gosto de sair bem arrumada com os cabelos pelo menos apresentáveis e estou completamente sem tempo pra fazer isso. E agora?
Uma vez ouvi que a mulher depois da maternidade perde sua identidade, deixa de ser "mulher" e se torna "mãe". Hoje em dia eu não sou mais a Aline, sou a mãe da Lyllith. Será que essa perda da individualidade é inerente ou nós nos permitimos essa despersonificação por puro orgulho materno? Será que nós vemos somente como mãe e por isso os outros nos vêem assim também? Ou, como tantas outras questões na nossa sociedade, "as coisas sempre foram e sempre serão assim"? Prefiro acreditar que podemos mudar e nos adaptar a vida de mãe E mulher sem perder nas duas questões. 
Quero acreditar que podemos ser as duas com satisfação e com excelência, nos realizar nas duas "tarefas" com a graciosidade que somente uma mulher realizada e bem ajustada na vida pode transparecer. 
Azedo na blusa? É só trocar.
Noite sem dormir? Corretivo facial.
Cabelo bagunçado e sem tempo? Gel e coque.
E quando perguntarem: "como vai a vida de mãe?" responder: SIMPLESMENTE MAGNÍFICA!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário